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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ingrato sou


Com chagas cheguei

E tu me limpas-te

De dor me queixei

E tu me saras-te

Da luz precisei

E me iluminas-te

Da cura necessitei

E curado fui.

Elevei os meus olhos

E do monte me socorreste

Quando me senti só

Do teu balsamo me encheste

Quando o mundo me desamparou

Tu foste o único a me dar abrigo

Quando o frio me abraçou

Teu calor me aqueceu

Quando a fome me visitou

Tua providência veio do céu

Quando a noite é triste

Tu me visitas no íntimo

E quando o dia é atribulado

A tua paz me guia

Hoje te abandonei

E mesmo assim tu não me abandonaste.

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